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segunda-feira, 28 de abril de 2014

God Save The Queen

A rainha do Reino Unido Elizabeth Alexandra Mary de Windsor ou apenas Elizabeth II comemorou nesse ano, seus 60 anos de reinado britânico. A segunda na historia da família real a reinar por tanto tempo, para o bem de alguns e tristeza de outros. Cabe lembrar nessa data de suma importância mundial (ahãm…) da singela homenagem feita pelo Sex Pistols em God Save The Queen onde, modelo de governo e representatividade de imagem ‘para inglês ver’ são descritos de uma forma direta, objetiva e simplória, no bom sentido da palavra, pois como é caraterístico do punk, o importante é deixar claro o que se pensa, você goste ou não.
O reinado de vossa majestade perdurou por diversos períodos,passando por diferentes momentos históricos, movimentos culturais e pensamentos filosóficos relacionados a socialização e o questionamento da necessidade real de um símbolo imperial. (que hoje se mantem, mais por tradição do que por importância). É fato que, nesse contexto,encontramos a maior dissonância ideológica (expressada musicalmente, e não com armas, diga-se de passagem) no que se diz respeito ao que surgia no fim dos anos 60 com jovens cada vez mais cansados de regras e convenções. O que seria mais ligado a isso do que algo remanescente da idade media? além de culpar infiéis e dizer que todo mundo vai para o inferno? (nada contra a igreja católica…) É claro que qualquer império que quisesse sobreviver hoje teria que se adaptar as mudanças e rever diversos conceitos, mas a sua essência burguesa que  a define e delimita classes está ali.
Em God save the queen, vemos claramente o que muitos dos jovens do final dos anos 60 pensavam a respeito de vossa majestade e seu importantíssimo império. Os Pistols sintetizaram a ideia de que se você é um imperialista, você esta pensando com as ideias de quem o governa, e está apto a fazer o que for por eles… Ou tecnicamente… Ela e simbolicamente, pelo país… Logo, você é um idiota! Ou melhor, como diz os versos “It madeyou a moron/A potential H bomb” (Fez de você um retardado/ Bomba-H em potencial). É claro que ofensas desse tipo podem prejudicar a poesia da letra e não agradar muitos ingleses refinados da corte… Mas estamos falando de punk, não é mesmo?
E é fato, liberdade de expressão não é algo que qualquer império goste, nem que suas ações sejam questionadas, e apenas por manter “a engrenagem funcionando”, muito do que vai contra essa nova ideologia fica explicito.  O choque que vemos aqui é a indefinição do futuro diante uma maquina que funciona com peças da antiguidade. Assim, em trechos como Thereis no future/In England’sdreaming (Não há futuro/ Nos sonhos da Inglaterra) fica clara a desconfiança e o alerta de que as coisas caminhariam para um lugar pouco bacana se algo não mudasse no sistema… O próprio sistema!
Fica explicito que, diante a atual condição, fica difícil acreditar em justiça e igualdade com um sistema que está acima disso. Com um sistema que está preocupado em coexistir, manter sua posição privilegiada hoje e manter-se para próximos anos apesar de um cenário démodée para sua existência. Sim, ainda vamos continuar, apesar da sua aparente inutilidade, ouvindo “Deus salve a rainha”, só não teremos a resposta do “Para que? 

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